“A gente precisa dar voz e não aceitar a humanização da violência contra a mulher. Isso não é normal, a gente precisa se olhar e ter coragem”. Foi assim que Dulcelina Torres, de 52 anos, traduziu em palavras a sua participação neste sábado (31) à tarde durante a Caminhada #TodosPorElas, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, e que reuniu homens, mulheres e crianças na luta pelo fim do feminicídio em Mato Grosso do Sul.
O ato faz parte da campanha #TodosPorElas, um um projeto inédito no Estado, que reúne esforços dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da sociedade organizada, para o desenvolvimento de medidas eficazes de combate a todas as formas de violência de gênero, em especial, ao feminicídio.
Presente ao evento, a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa, afirmou que o Governo do Estado está compromissado em combater a violência contra as mulheres. “Este é um compromisso público, e nós não podemos estar ausentes pelo direito à vida de meninas e mulheres, de viver sem nenhuma forma de violência de gênero”, declarou.
O evento começou com uma concentração na Concha Acústica Helena Meirelles, e os participantes percorreram um trajeto de 1 km em torno do lago do Parque.
Entusiasmado com a caminhada, Marcelo Miranda, secretário de Turismo, Esporte e Cultura, foi enfático ao condenar a violência. “Esta questão da violência contra a mulher é um absurdo, nosso grito. Hoje é um evento muito importante, quando você faz esta discussão. É uma pauta que tem que estar presente em todos os nossos eventos, principalmente, com a união dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e por fim a esta barbárie.
A secretária-adjunta de Governo e Gestão Estratégica, Ana Nardes, e o secretário de Educação, Hélio Daher, que veio com a família, estavam empolgados para iniciar a caminhada.
“A campanha #TodosPorElas une forças para que seja uma campanha permanente. Nós precisamos chamar a atenção e mostrar para a sociedade que a violência contra mulher não pode acontecer. Hoje aqui temos homens, mulheres, crianças. É um ato de união de forças para que a gente possa ajudar aquelas mulheres vítimas de violência”, defendeu Nardes.
A fisioterapetua Juliana Jerônimo veio de Caarapó neste final de semana comemorar na capital o aniversário do filho, e destacou a importância do combate à violência contra a mulher.
Acompanhada do esposo Franklin, ela assistiu a passagem da caminhada #TodosPorElas. “Nós como mulheres e a sociedade como um todo não devemos se calar frente à violência contra as mulheres, independentemente da classe social, da religião, da sua profissão. Todas nós, mulheres, devemos ser respeitadas em qualquer local”, pontuou.
Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende